Editor responsável

  • Raul Ferreira Bártholo
  • Inconfidentes, MG
  • raulbartholo@gmail.com

terça-feira, 17 de julho de 2007

QUAL SERÁ A "FINALIDADE" DESSE LUCRO DE UMA EMPRESA PÚBLICA?

Pelo visto, acima dos fios da CEMIG, só as maritacas prestam atenção


NOTÍCIA EXTRAÍDA DO "SITE DA CEMIG - 14/5/2007















Cemig registra lucro de R$ 407 milhões no 1º tri de 2007

A Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig apresentou, no primeiro trimestre de 2007, um lucro líquido de R$ 407 milhões, um aumento de 20% em comparação aos R$ 340 milhões registrados no primeiro trimestre de 2006. Este resultado deve-se principalmente ao aumento de 21% na receita com fornecimento bruto de energia elétrica. A receita com fornecimento bruto de energia elétrica foi de R$ 3.034.879 no primeiro trimestre de 2007 em comparação a R$ 2.513.921 no primeiro trimestre de 2006, um aumento de 20,72%.

O resultado financeiro foi influenciado, principalmente pelos seguintes fatores:

· reajuste tarifário com impacto médio nas tarifas dos consumidores de 7,05%, a partir de 8 de abril de 2006 (efeito integral em 2007);

· aumento de R$ 488.776 na receita bruta em função da consolidação da Rio Minas Energia Participações S.A. - RME, referente a participação na Light S.A. a partir do terceiro trimestre de 2006;

· redução da receita com energia não faturada, um valor negativo de R$ 4.595 em 2007 em comparação a R$ 100.287 em 2006;

· aumento de 9,8% no volume de energia faturada a consumidores finais.

Este foi o maior volume de vendas de energia já registrado num primeiro trimestre da história da Cemig - 14.248 GWh, chegando a mais de 10 milhões de consumidores distribuídos nas regiões Sudeste, Sul e, agora também, Centro-Oeste. O presidente do Conselho de Administração, Wilson Nélio Brumer, comentou o resultado do período: "Disciplina financeira e excelência operacional garantem o cumprimento das metas do nosso Plano Diretor: crescimento contínuo com agregação de valor para todos os stakeholders da Companhia."

O presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, afirmou que "crescimento constante e sustentável é nosso compromisso. No primeiro trimestre de 2007 celebramos a entrada em operação da usina Capim Branco II, que vem agregar 44 MW à nossa capacidade instalada. No mesmo período contamos, também, com a energização de duas linhas de transmissão: Itutinga-Juiz de Fora e Irapé-Araçuaí, que operam em tensões de 345 kV e 230 kV, respectivamente". As duas novas linhas, em conjunto, agregaram 49 km ao sistema de transmissão da Cemig.

O diretor de Finanças, Participações e Relações com Investidores, Luiz Fernando Rolla, ressaltou que "no primeiro trimestre deste ano registramos um robusto crescimento dos indicadores financeiros da Companhia. A geração de caixa operacional, medida pelo LAJIDA (Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) encerrou o período com um valor de R$ 868 milhões, o que representa um crescimento de 22% sobre o primeiro trimestre do ano anterior. Mantendo o mesmo período de análise a receita líquida cresceu 15% enquanto o lucro líquido aumentou em 20%, atingindo os valores de R$ 2.336 e R$ 407 milhões, respectivamente."

Dando continuidade ao Programa Minas PCH, no mês de março foram iniciadas as obras da Pequena Central Hidrelétrica de Cachoeirão. Esta PCH contará com uma capacidade instalada de 27 MW e a entrada em operação está prevista para o segundo semestre de 2008.

Variação do consumo em comparação ao 1º trimestre de 2006.

Classe ...........................................Var %

Residencial ....................................33,3
Industrial...................................... (3,5)
Comércio, Serviços e Outros .......40,9
Rural.............................................. (3,9)
Poder Público................................ 64,1
Iluminação Pública....................... 18,6
Serviço Público............................. 28,0
Total............................................... 9,83

sexta-feira, 13 de julho de 2007

PARA O POVO SABER: o e-mail enviado ao Governo do Estado de Minas Gerais

Perguntas ao Governo do Estado de Minas Gerais
A/C - assesoria de imprensa



I - Quais razões de ordem filosófica em administração pública, valor sociológico e de exaltação monetária justificam o lucro de R$ 407 milhões - comemorado pela CEMIG no 1º trimestre de 2007 agora assomado à política oficial brasileira através da ANEEL e empresas estatais - quando o assunto é arrecadação compulsória de tarifas públicas cobradas às custas da sociedade (através de monopólio estatal por empresas destinadas a prestar serviçs indispensáveis à população)... e, o desembocar desse interesse denatureza privada em captar a renda difusa - virtual ação coatora pela necessidade pública - tudo tacitamente estabelecido através da Resolução Nº 446 da ANEEL ao homologar proposta de reajuste tarifário da CEMIG ... como se o País dispusesse de algum código tributário - desconhecido, equivalente?

II - Quais razões governamentais ao fim transferem oupermitem transferir recursos da população de Inconfidentes (MG) e de outras paragens mineiras para a "Bolsa de Nova Yorque" onde sorridentes diretores dessa estatal mostrados na foto abaixo comemoram o virtual desvio de finalidade? Local onde agora a CEMIG, empresa pública e estatal festeja ruidosamente sua "entrada" - como se tal fato constituísse grande vantagem a comemorar?

Pois segundo noticiado no "site da própria CEMIG, ..."agora os acionistas minoritários vão poder optar pelas transações também na NYSE. O lançamento das ADR´s aconteceu no Cemig Day, evento promovido pela Bolsa de Nova York e no qual a Cemig foi a principal personagem do dia".



III - Pois pelo mérito diverso do interesse social ao qual se vincula pela finalidade original dessa empresa onde o Governo do Estado de Minas Gerais detém 50,97% do capital social, a foto capturada no próprio "site da CEMIG mostra a sorridente diretoria dessa empresa estatal frente à Bolsa de NY a comemorar lucros da ordem de R$ 407 milhões as custas de uma tarifa escorchante ( a mais cara do Brasil). justamente essa obviedade das intenções foi apontada apontada pela própria CEMIG no seu "site" - matéria, porém, agora significativamente retirada (após denúncia nesse Blog). E o que esclarecia essa matéria? Apenas exaltava a satisfação e o "potencial de negócios" ali desvendados para os tais acinonistas ditos "minoritários".
















E tal fato tornava alegres os desconhecidos senhores diretores da CEMIG ao assim justificarem suas presenças na foto em Nova Yorque: todos sorridentes, frente à Bolsa. Aliás, postavam-se como daqui para frente hão de se lembrar os moradores de Inconfidentes (MG), instalados em baixo dos fios da CEMIG: estaria tal diretoria a cumprir desígnio governamental lamentavelmente circundada por representantes do parasitismo social - especialmente ali cultuado?












Afinal, quem ainda serão esses privilegiados senhores "acionistas minoritários" aos quais tanto se curvam os interesses dos moradores sob os fios da CEMIG? Serão mensaleiros? Serão outros sanguessugas? Quais serão seus nomes, em favor dos quais os moradores de Inconfidentes devem contribuir pela mais valia incorporada como acréscimo sorrateiro ao custo da tarifa?

Pois não será ostensivo o desvio de finalidade o retrato na matéria estampada? Afinal, quais as finalidades de origem da CEMIG, certamente esquecidas por essa equivocada direção de empresa estatal retratada em http://www.cemig.com.br/ ?
Pois os mineiros que moram em baixo dos fios da CEMIG precisam ter certeza de serem outros os propósitos do Governo do Estado de Minas Gerais. Pois sem esse respaldo, essa diretoria deveria ser liminarmente demitida pelo próprio Governo do Estado a bem do interesse público - difuso. Principalmente, após ficar evidenciada quanto os mineiros são escorchados pela tarifa cobrada - 85% mais cara - após comparada com as mostradas em conta de empresa paulista vizinha (foto acima) .






Pois eis na foto a discrepância de valores pelos mesmos serviços cobrados entre empresas distribuidoras de energia vizinhas. E eis a gritante disparidade de preços cobrados nas tarifas! Pois fica a pergunta a ser respondida (satisfatoriamente, pois) aos moradores das montanhas perdidas e dos grotões mineiros. Ou ainda a outros povos de igual parada, moradores em baixo dos fios da CEMIG: porque o povo de Inconfidentes, Borda da Mata, Pouso Alegre ou outras Roças e Grotões de Minas Gerais, estarão condenados a morar desse jeito em baixo dos fios da CEMIG?















Para depois disso ainda serem obrigados a pagar R$ 0,68 / kwh consumido?





Pois enquanto pelas contas da vizinha CPFL no Estado de São Paulo é apenas R$ 0,37 / Kwh?

Ou seja: porque a tarifa da CEMIG é 85% mais cara como acima na foto mostra ajustada pela posição a Régua de Cálculo - Hemmy sun - com infalibilidade matemática?












E depois finalmente outra pergunta: porque a título de "iluminação pública" - na cidade de Campinas, após serem consumidos 611 KW essa "taxa" é de apenas R$ 3,37 (três reais e trinta e sete centavos) enquanto em Inconfidentes na conta da CEMIG para quem consome 1/4 do consumidor paulista essa taxa é R$ 12,88 (doze reais e oitenta e oitocentavos)?










O Tribunal de Contas confere ou tem conferido origem, destinos e aplicações dessa taxa de iluminação pública?


[Perguntas feitas no ambito público a espera de respostas no "site" http://exemplodeinconfidentes.blogspot.com/
E serão fixadas a espera da resposta oficial no mural da cidade sob o título: "PARA O POVO SABER"
Local (foto superior): Av. alvarenga Peixoto, 193 -Inconfidentes (MG)]


Sob os fios da CEMIG, subscreve
Atenciosamente

Raul Ferreira Bártholo - Editor





"Para o Povo Saber" - Mural.